Boa noite pessoal, esse é um pequeno conto que escrevi depois de ver um vídeo sobre essa lenda urbana. Espero que gostem!
Era uma vez, uma menina chamada Luiza, que tinha onze anos e tinha o hábito estranho de ir ao cemitério depois da escola, para fazer suas tarefas de casa.
Todo mundo achava estranho esse gosto de Luiza pelo cemitério. Ela gostava de ir lá porque era silencioso e assim podia pensar melhor. Tudo corria tranquilamente, até que um dia Luiza encontrou uma bela flor roxa iluminada em cima de um túmulo de uma menina que parecia ter a mesma idade que ela, sem que ninguém visse, ela pegou a flor e a botou dentro de seu caderno, indo para casa logo depois.
Chegando em casa, Luiza encontrou seu quarto todo desarrumado, com o espelho quebrado, a cama revirada e tudo espalhado. Sua mãe entrou no quarto logo atrás dela e perguntou:
- O que aconteceu? Deve ter sido aquele seu amiguinho!
Antes que Luiza respondesse, o telefone tocou. Trim, trim... Luiza correu até a sala e atendeu a chamada.
- Cadê a minha flor? - perguntou uma voz de menina do outro lado da linha.
- Quem é? - perguntou Luiza, mas quem quer que fosse, desligou o telefone sem dar uma resposta.
Luiza pensou então na flor que havia roubado do cemitério e ao procurar, descobriu que seu pai havia jogado a flor no lixo, achando ser um presente do seu amigo da escola. Desesperada, Luiza correu até a lata de lixo, mas estava vazia, ao olhar para a rua, viu o caminhão do lixo dobrando a esquina, longe demais para que ela corresse até ele.
Ela resolveu então ligar para seu amigo da escola, chamado João. Primeiro ela perguntou se foi ele quem ligou para a casa dela, tentando fazer uma pegadinha, mas João negou. Respirando e pensando, ela lembrou que o pai dele trabalhava como motorista do caminhão do lixo e perguntou se ele podia ajudar a encontrar a flor que o pai havia jogado fora.
João disse que iria ajudar, desde que ela contasse o que estava acontecendo e o que foi que o pai dela havia jogado de tão importante fora. Depois de contar a história da flor, Luiza foi até a esquina, onde marcou de encontrar João, para irem juntos ao lixão. Estava lá há quase dez minutos, mas João não tinha aparecido. Luiza sentiu um vento forte e um cheiro de podridão, mas não sabia de onde vinha, até que sentiu duas mãos empurrar suas costas e ela caiu no chão, machucando o joelho, que começou a arder e sangrar. Ela olhou para cima, e viu uma menina com um vestido branco todo rasgado e sujo de terra. A menina que olhava para ela, tinha o rosto esverdeado e faltando pele em alguns lugares, seu cabelo estava sujo e com vários nós.
- Onde está minha flor? - perguntou a menina, arreganhando os dentes, com raiva.Nesse momento, João chamou seu nome e ela se levantou depressa, olhando em volta, procurando a menina que acabara de falar com ela. Depois de explicar porque estava com o joelho machucado, João segurou sua mão e foram correndo até o lixão, que não ficava muito longe dali. Em meio a tanto lixo, encontraram a flor roxa meio suja, mas que ainda brilhava um pouco, destacando-se no meio de toda aquela sujeira.
Depois de resgatar a flor, Luiza pediu a João que fosse com ela até o cemitério, onde ela devolveu a flor ao túmulo da garota, respirando tranquilamente. E a partir daquele dia, Luiza prometeu nunca mais pegar nada do cemitério.
Fim
Por: Minoek Van Dorp