Boa noite gente, hoje vocês vão ler esse conto bem pequeno que escrevi depois de ver a lenda da velha pisadeira :{)
espero que gostem !!
Numa noite fria, daquelas que nos deixam cheios de preguiça, Roberto estava sentado em frente a Tv, assistindo um filme policial qualquer. Ele tinha ao seu lado vários sacos vazios de salgadinhos, biscoitos e chocolate, como se não fosse suficiente ele ainda mordiscava um sonho recheado de creme, acompanhado por uma garrafa de refrigerante. Ele estava ficando sonolento, enfiou o que sobrou do sonho na boca, desligou a Tv e foi para o quarto, deitando-se assim que fechou a porta. Por estar com o estômago cheio, Roberto deitou de barriga para cima e fechou os olhos. Não sabendo ao certo se adormeceu ou não, Roberto sentiu algo comprimir sua barriga, deixando-o sem ar, e assim que abriu os olhos se deparou com uma imagem que jamais sairia de sua cabeça.
Havia uma mulher com olhos de fogo e cabelos longos prostrada em cima da sua barriga, seu peso dificultando sua respiração e o cheiro da sua pele podre e pus o sufocavam. Ela olhou diretamente em seus olhos, enquanto estendia a mão de unhas longas e sujas para tocar seu rosto, deixando a mostra os dentes podres e sujos ao sorrir, divertindo-se ao ver os olhos lacrimejastes do homem. Roberto tentou se mexer, mas não conseguia, tentou gritar, mas a voz não saia, ele resolveu então fechar os olhos e se concentrar na sua respiração, sentiu uma unha ferir sua bochecha esquerda e o sangue escorrer, mas continuou de olhos fechados e três minutos depois ele sentiu que podia se mover.
Abriu os olhos e estava sozinho no quarto, acendeu a luz e caminhou até o espelho, lembrando de quando era pequeno e da lenda que sua avó havia contando anos e anos atrás, a lenda de uma moradora de rua que morreu de fome em uma noite fria e que seu espírito vagava por aí, castigando os que cometiam o pecado da gula e os que iam para suas camas quentinhas de barriga cheia, e prometeu a si mesmo que nunca mais comeria além do necessário, nem comeria antes de dormir.
por: Minoek Van Dorp